Mas a vivacidade e a empatia com o público, essa, foi a mesma do dia anterior. Foi ao final de sexta-feira (19h) que o encontro se deu, desta feita com ela de óculos de sol, mas com o inevitável casaco e calças negras. Logo ao primeiro tema, o icónico Gloria, o público transgeracional rendeu-se, se bem que muito mais disperso do que na quinta-feira, quanto Smith e o seu grupo actuou num palco mais recatado.
Nos longos temas Birdland e Land horses... todos os seus predicados como performer e agitadora vieram ao de cima, indo do quase sussurro ao grito, enquanto a banda propunha uma mantra hipnótica, e em Free money se abandonava a uma descarga de electricidade rock.
O tema final do álbum, Elegie, foi criado a pensar em Jimi Hendrix, mas 40 anos depois, fez ela questão de dizer: “[Vai] para todos aqueles que de entre vós já perderam um ente querido.” Joe Strummer, Joey Ramone ou Lou Reed, todos já falecidos, eram citados por ela. No final, deu-se a redenção com dois dos seus êxitos, já apresentados na véspera: Because the night e People have the power.
Antes já tinha tocado a Banda do Mar, os Giant Sand de Howe Gelb, ou os Viet Cong, e depois ainda haveria Belle & Sebastian, Antony ou Jungle, mas os dados estavam lançados para estes dias serem recordados como o festival de Patti Smith, após dois concertos intensos. Mais emotivo, o de quinta-feira, mais parecido com uma aula de história do rock o de sexta. O festival termina neste sábado com Ride, Underworld ou Death Cab for Cutie.