Fernando Ruas e independente dos Açores integram lista PSD/CDS às europeias
Relvas regressou este domingo ao PSD, mas não falou aos jornalistas
Foi a primeira reunião do Conselho Nacional eleito no Congresso do passado fim-de-semana e que representou o regresso do ex-ministro Miguel Relvas à vida política activa, depois de dez meses afastado. À chegada, o conselheiro nacional não falou aos jornalistas. Mas lá dentro (a reunião decorreu à porta fechada) o antigo braço direito de Passos Coelho disse que foi com “grande surpresa” que ouviu as afirmações “patéticas” de comentadores sobre si próprio.
Relvas disse ter aceite o convite de Passos Coelho para integrar o Conselho Nacional por ser militante há 34 anos do PSD. E decidiu dar o seu contributo. Elogiou Paulo Rangel, o cabeça de lista, e considerou que a coligação tem todas as condições para conseguir um excelente resultado nas europeias. Para Miguel Relvas, o adversário não é o PS, mas sim a abstenção. Recebeu um forte aplauso dos sociais-democratas, segundo relatos feitos ao PÚBLICO.
Na lista da coligação Aliança Portugal, encabeçada por Paulo Rangel, o eurodeputado do PSD Carlos Coelho surge na quinta posição, depois de Nuno Melo (CDS-PP). No sexto lugar fica a deputada eleita pela Madeira, Cláudia Aguiar, seguida de um eurodeputado do PSD, José Manuel Fernandes. O oitavo fica para o CDS, que indicará uma candidata, e em nono o deputado José Mendes Bota. Seguem-se Fernando Costa, Joana Barata Lopes, Mercês Borges e Luís Viegas nos 10.º, 11.º, 12.º e 13.º lugares.
No início da reunião do Conselho Nacional, antes de Miguel Relvas, o líder do PSD, Passos Coelho, sustentou que a lista da coligação é equilibrada, reflecte uma renovação e é representativa do ponto de vista geográfico. Em lugares considerados elegíveis, as quotas do PSD foram preenchidas com duas mulheres das ilhas, a deputada Claudia Aguiar (pela Madeira) e Sofia Ribeiro, que não é filiada no PSD e é do Sindicato Independente dos Professores).
O antigo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares já não fazia parte da direcção do partido desde o Congresso de Março de 2012 e demitiu-se do Governo por irregularidades com a sua licenciatura cerca de um ano depois. Nessa altura, Miguel Relvas recebeu um voto de louvor do Conselho Nacional do PSD e retirou-se da política.