A Guerra das Estrelas passa para a Disney e terá mais três filmes
O presidente da Walt Disney Company fala num “portfólio de classe mundial”. A Guerra das Estrelas, disse Robert A. Iger à ABC News, “é um dos melhores filmes de entretenimento familiar de sempre”. A aquisição dos direitos dos seis filmes de George Lucas contribui em muito para a crescente hegemonia da empresa no “reino da fantasia”.
O negócio milionário com a Lucasfilm faz parte de uma estratégia de expansão da Disney, que em 2006 comprou a Pixar por 7,4 mil milhões de dólares (5,7 mil milhões de euros, ao câmbio actual) e, três anos depois, fechou o negócio para a aquisição da Marvel por um valor próximo do que agora foi acordado com Lucas – 4 mil milhões de dólares (3,1 mil milhões de euros).
George Lucas, de 68 anos, só vai receber em dinheiro metade do valor acordado. O restante será pago com acções da Walt Disney Company. São 40 milhões de acções, ao valor com que fecharam na sexta-feira na bolsa de Nova Iorque (encerrada no início desta semana devido ao furacão Sandy). O realizador norte-americano detinha a totalidade da produtora.
O negócio dita o seu afastamento da Lucasfilm, que fundou em 1971 e através da qual produziu filmes de Steven Spielberg, Paul Schrader, Ron Howard e Francis Ford Coppola. Kathleen Kennedy, que dirigia a produtora em conjunto com Lucas, vai manter-se como presidente da Lucasfilm e terá a seu cargo a gestão da marca A Guerra das Estrelas.
Três novos episódios estelares
A primeira grande novidade que sai deste negócio é o relançamento da saga. Em comunicado, a Disney anunciou já que tem prevista para 2015 a estreia de um sétimo filme de A Guerra das Estrelas. E depois mais um. E outro. Três novos episódios, no total. O próprio George Lucas estará envolvido no processo, como “consultor criativo”. E depois? Talvez continuem a fazer mais.
A intenção é comunicada pela empresa, numa nota emitida nesta terça-feira, em declarações atribuídas a Robert A. Iger: “Acreditamos que há uma procura substancial e reprimida. Em 2015, planeamos lançar A Guerra das Estrelas: Episódio VII – o primeiro sob o signo Disney-Lucasfilm. Esse será seguido pelos episódios VIII e IX – e o nosso plano a longo prazo é lançar um novo A Guerra das Estrelas a cada dois ou três anos.”
“Estou confiante de que, com a liderança da Kathleen Kennedy na Lucasfilm e tendo nova casa no seio da organização da Disney, A Guerra das Estrelas irá certamente perdurar e florescer por muitas gerações”, afirmou Lucas, também à ABC News (que é detida pela Disney). “Ao longo dos últimos 35 anos, um dos meus maiores prazeres foi ver A Guerra das Estrelas passar de uma geração para a seguinte”, disse. “É tempo de o passar a uma nova geração de cineastas. Sempre acreditei que A Guerra das Estrelas poderia subsistir para além de mim, e penso que foi importante tratar da transição enquanto estou vivo.”
Notícia actualizada às 21h57