Quatro mortos em lar de idosos ilegal na Charneca da Caparica

A notícia foi avançada pelo Jornal de Notícias e confirmada ao PÚBLICO junto de diversas fontes. Perto das 12h15, o INEM foi chamado à Charneca da Caparica para responder a uma situação de doença súbita de uma idosa.

"Quando chegámos ao local deparámo-nos com uma idosa em paragem cardio-respiratória. Foram feitas manobras de reanimação, sem sucesso", explicou o assessor de imprensa do INEM, Pedro Coelho dos Santos. Nessa altura, a equipa médica do instituto apercebeu-se da existência de mais três cadáveres, devidamente identificados e preparados para iniciar as cerinómias fúnebres, no mesmo edifício. "Face à estranheza foi decidido chamar as autoridades", continua Pedro Coelho dos Santos.

Uma equipa da Segurança Social que foi chamada ao local concluiu já que o lar é uma "estrutura ilegal". À Lusa, a directora do Centro Regional de Segurança Social de Setúbal, Fátima Lopes, disse que “havia várias pessoas idosas na referida casa, mas a situação era desconhecida dos serviços regionais de Segurança Social".

O porta-voz da GNR, Costa Lima adianta que os quatro corpos, dois homens e duas mulheres com idades entre os 74 e os 97 anos, vão ser autopsiados. "Queremos salientar que não há nenhuma suspeita de crime, seja maus tratos ou negligência. Apenas uma estranheza por terem morrido quatro pessoas, num universo de 13, em tão pouco tempo. Por isso, a situação está a ser estudada", afirma Costa Lima.

De acordo com fonte municipal, os restantes nove idosos não vão dormir esta noite na vivenda, devendo ser alojados pela Câmara de Almada ou pela Segurança Social.

Fonte da PJ adiantou ao PÚBLICO que não há sinais de violência nos corpos, salientando que só após as autópsias, que serão feitas no Hospital Garcia de Orta, poderão ser tomadas outras decisões judiciais. As primeiras impressões da polícia apontam para que os idosos tenham morrido em diferentes horas, na madrugada de hoje. A GNR tomou conta da ocorrência e chamou a PJ de Setúbal, que está a liderar as investigações através da secção de homícídios, o Procurador da República do Tribunal de Almada e a Delegada de Saúde.

Notícia actualizada às 19h38
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