Liga Árabe diz que Hamas vai ter que aceitar Israel
Amr Moussa, que se encontra em Davos, na Suíça, no Fórum Económico Mundial, defendeu ainda o respeito pelas conclusões da cimeira de Beirute, realizada em Março de 2002.
Na altura, os países árabes comprometeram-se em reconhecer o Estado judaico, em troca da retirada de Israel dos territórios palestinianos, ocupados desde a guerra israelo-árabe, em 1967, da resolução do problema dos refugiados e da criação do Estado palestiniano na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.
Hoje, em Davos, o secretário-geral da Liga Árabe, citado pela Reuters, afirmou também que o Hamas que vai formar Governo será um Hamas diferente da “organização cujas pessoas estão nas ruas”.
“Não podemos promover a democracia e lamentar os resultados da democracia ou objectar os resultados das eleições”, disse Amr Moussa no Fórum Económico Mundial, numa resposta às preocupações levantadas pela vitória eleitoral do Hamas.
Desde a vitória do Hamas por maioria absoluta nas eleições legislativas palestinianas, realizadas anteontem, que se têm levantado vozes exprimindo preocupação pela sua chegada ao poder.
Os medos sobre um retrocesso no processo de paz no Médio Oriente residem principalmente na posição do Hamas em relação a Israel.
Desde a sua fundação, em 1987, que o movimento islâmico tem afirmado ter como objectivo a destruição de Israel, bem como demonstrado a sua oposição aos acordos de paz. Em 1996, sabotaram as eleições legislativas palestinianas.