Uma nova Philharmonie, versão Herzog, no Elba
A dupla de arquitectos suíça Herzog & de Meuron soma e segue. Depois da Tate Modern, em Londres, do estádio de futebol Allianz Arena, em Munique, e do Estádio Olímpico de Pequim, ainda em construção, foi esta semana colocada a primeira pedra do Elbphilharmonie, em Hamburgo. Objectivo: fazer uma das maiores salas de concerto do mundo. Aqui fica uma antevisão em imagens geradas por computador
Esta sala de concertos lembra-lhe alguma coisa? A resposta certa é "sim" e trata-se da histórica sede da Filarmónica de Berlim, feita pelo arquitecto expressionista Hans Scharoun. A nova Philharmonie inspirou-se na velha Philharmonie, uma sala mítica pelo público se sentar em redor da orquestra, sublinhando a crença na democratização da música
Os primeiros concertos deverão ser ouvidos na Elbphilharmonie em Maio de 2010. O hall de entrada, em cima, e o foyer, à direita, são espaços que prevêem a circulação de muita gente. O hall está organizado como uma praça, um espaço público de encontro à beira do rio. O presidente da câmara de Hamburgo, Ole von Beust, quer que o edifício funcione como um íman e traga à cidade muitos visitantes. O projecto foi muito criticado, segundo a AFP, porque o orçamento previsto de 186 milhões de euros subiu para 241 milhões. A cidade participa com 114 milhões no financiamento da nova sala de concertos.
O novo edifício da Elbphilharmonie será construído em vidro sobre um antigo armazém portuário de tijolo, na margem do Elba (um tema também usado na Tate Modern). É esta localização que dá o nome à sala de concertos. O complexo terá duas salas de concerto com uma capacidade para 2700 pessoas, um hotel de luxo e apartamentos. Um terraço situado a 37 metros de altura permite uma vista panorâmica do porto e da cidade.