Facebook demora 36 horas a apagar foto de cadáver

Apesar dos insistentes pedidos da família e amigos da vítima, a empresa demorou mais de um dia e meio a eliminar a foto do cadáver da vítima esfaqueado, partilhada pelo alegado homicida.

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Rede social acreditava tratar-se de um pedido de ajuda da vítima Leon Neal/AFP

Durante 36 horas, o Facebook manteve online uma foto de um cadáver de uma vítima de homicídio. O incidente aconteceu este domingo, no Texas, EUA, quando o alegado homicida, Kenneth Alan Amyx, tirou uma foto ao cadáver da sua namorada, Jennifer Streit-Spears, e a publicou no Facebook de Streit-Spears. Apesar dos inúmeros pedidos da família e amigos da vítima, o Facebook demorou mais de um dia e meio para remover a imagem.

Num primeiro comentário, a rede social de Mark Zuckerberg argumentava ter acreditado que a imagem seria um pedido de ajuda, uma vez que o alegado homicida escreveu na descrição “Por favor rezem por nós e gosto de todos vocês”.

A irmã da vítima disse ter visto a imagem no Facebook e pedido imediatamente que fosse retirada. No entanto, as únicas opções que lhe foram apresentadas passavam por bloquear o perfil da irmã, o que não resultava na eliminação da fotografia.

“O Facebook é há muito tempo um sítio onde as pessoas partilham as suas experiências e atraem atenção para assuntos importantes. Por vezes essas experiências recorrem a imagens gráficas, violentas e explicítas”, justificou um porta-voz da empresa, em declarações ao New York Daily News.

Streit-Spears, de 43 anos, não resistiu aos ferimentos causados pelo esfaqueamento que sofreu. Quando a polícia chegou ao local, já estava morta. Ao seu lado, estava Kenneth Alan Amyx, também com marcas no corpo, que as autoridades viriam a descobrir mais tarde terem sido auto-infligidas. O suspeito, de 45 anos, disse à polícia que ele e Streit-Spears eram amigos de longa data, estavam juntos há quatro meses e tinham concordado em esfaquear-se mutuamente até à morte, escreve o jornal.

As fotos foram recolhidas como provas e eliminadas da página da vítima, que entretanto já passou para uma página de memória, uma das opções que pode ser utilizada em caso de morte do titular do perfil.

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