Taxa de natalidade aumentou em 2014, mas nasceram menos 420 bebés

Em 2014, taxa de mortalidade infantil diminuiu pelo segundo ano consecutivo

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Recém-nascido deve ficar na lista do médico de família da mãe ou do pai Adriano Miranda

A taxa de natalidade aumentou ligeiramente no ano passado, mas mesmo assim nasceram menos 420 bebés do que no ano anterior. A explicação para esta aparente contradição reside no facto de a população residente em Portugal ter continuado a diminuir em 2014, como já tinha acontecido nos quatro anos anteriores,  O acréscimo da taxa de natalidade resultou, assim, da "diminuição da população residente em 56.233 habitantes", lê-se nas estatísticas sobre “Natalidade, mortalidade infantil, fetal e perinatal – 2010/2014” divulgadas esta segunda-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Como a taxa de natalidade resulta da proporção de nados-vivos por mil habitantes, esta passou de 7,91 para 7,94, nos dois últimos anos.  Curiosamente, diminuiu também o número de portuguesas residentes no estrangeiro que notificaram o nascimento de bebés à DGS — 246 contra 334. No total, considerando o período analisado, em apenas cinco anos nasceram menos 18.894 bebés em Portugal.

No ano passado, só as regiões de Lisboa e Vale do Tejo e o Alentejo contrariaram esta tendência. Na primeira região nasceram mais 634 bebés e, na segunda, mais 32. Com tendência inversa, no Norte, Centro e Algarve foram registados menos nados-vivos em 2014 e a região Centro e a Madeira foram aquelas em que a taxa de natalidade atingiu valores mais baixos. 

No ano passado, só as regiões de Lisboa e Vale do Tejo e o Alentejo contrariaram a tendência continuada para esta diminuição. Na primeira região, nasceram mais 634 bebés e, na segunda, mais 32. Com tendência inversa, no Norte, Centro e Algarve foram registados menos nados-vivos em 2014 e a região Centro e a Madeira foram aquelas em que a taxa de natalidade atingiu valores mais baixos.

Já a taxa de mortalidade infantil desceu, pelo segundo ano consecutivo, para 2,8 óbitos de crianças por mil nados-vivos, porque se verificaram menos 12 mortes em bebés até um ano de idade do que no ano anterior. Foi uma descida de 5%, assinala a DGS, recordando que a mortalidade infantil se situa “abaixo dos níveis médios europeus e ocupa, hoje, lugar cimeiro a nível mundial”. Em simultâneo, aumentou a mortalidade perinatal (óbitos fetais de 28 semanas ou mais e óbitos de nados-vivos com menos de sete dias de idade), com mais 26 mortes.

Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) recentemente divulgados já apontavam no sentido do ligeiro aumento da taxa de natalidade e da diminuição do número de residentes em Portugal, apesar de não serem totalmente coincidentes. As estatísticas demográficas do INE indicavam  que o país tinha em 2014 menos 52.479 residentes do que em 2013, com uma população total estimada de 10.374.822.

Entre 2009 e 2014, a tendência observada foi a de saída de mais pessoas para residir no estrangeiro e da entrada de menos imigrantes. Como resultado deste fenómeno, no ano passado havia menos 245.676 pessoas entre os 15 e os 64 anos a viver em Portugal do que em 2009.

Apesar desta tendência, o INE destacava pela positiva o facto de a descida no número de nascimentos entre 2013 e 2014 ter sido menos acentuada do que a verificada em anos anteriores. Dados já divulgados sobre os nascimentos nos primeiros seis meses deste ano indicam também que este ano a tendência deverá ser a inversa, uma vez que tinham sido registados mais cerca de 1500 bebés do que no mesmo período de 2014.

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