Três detidos durante as buscas da PSP às entidades que gerem multas e cartas de condução

Suspeitas de corrupção motivaram as buscas à instalações da divisão de trânsito da PSP, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e Instituto de Mobilidades e Transportes.

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Três pessoas foram detidas pela PSP no âmbito das buscas que estão a ser feitas em vários organismos públicos que gerem as multas e cartas de condução por suspeitas de associação criminosa, corrupção, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, falsidade informática e violação de segredos por funcionários.  

Um dos detidos é um funcionário civil da própria PSP, segundo o porta-voz desta força policial, e os alvos das buscas são a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, o Instituto de Mobilidade e Transportes e as instalações da própria PSP, mais concretamente da divisão de trânsito, na Rua José Estêvão, mas também residências e viaturas de funcionários destes organismos.

Em causa estarão crimes praticados no âmbito rodoviário e os 31 mandados de buscas foram ordenados pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, segundo adiantou ao PÚBLICO o porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Sérgio Soares. "É uma investigação com cerca de ano e meio, desenvolvida pela divisão de investigação criminal da PSP, sob direcção da 9.ª secção do DIAP de Lisboa", precisou aquele responsável.

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) confirmou que "estão a decorrer as diligências" no edifício deste organismo, no Tagus Park, em Oeiras, e que a ANSR está "a prestar todo o apoio e disponibilidade", conforme adiantou o assessor deste organismo, Pedro Silva. 

O edifício do Instituto de Mobilidade e Transportes, na Avenida Elias Garcia, foi fechado e a maioria dos funcionários foi mandada para casa.

As buscas em curso envolvem 170 polícias, da divisão de investigação criminal da PSP, apoiados por duas equipas de intervenção rápida.

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