Professores aplaudem exame de Filosofia
A prova foi realizada nesta quarta-feira por 14.313 alunos.
O exame de Filosofia do 11.º ano, realizado nesta quarta-feira, mereceu aplausos da parte de professores da disciplina. “Faço uma apreciação francamente positiva do exame. É uma prova cientificamente rigorosa, além de equilibrada no nível de dificuldade”, referiu ao PÚBLICO o dirigente da Sociedade Portuguesa de Filosofia, Pedro Galvão.
“De um modo geral, o exame está cada vez mais afinado, o que justifica a minha crença de que é necessária experiência de exame para o tornar cada vez mais adequado. E a Filosofia sofreu bastante com as experiências dos anos em que o exame esteve suspenso”, acrescenta o professor do ensino secundário, Rolando Almeida.
Este exame foi reintroduzido em 2012, depois de uma supressão de quatro anos, e figura já entre os oito mais concorridos do ensino secundário. Na quarta-feira foi realizado por 14.313 alunos. Estavam inscritos 15.886.
Entre os aspectos positivos do exame, Pedro Galvão destaca “a introdução de uma questão que leva os alunos a relacionar autores estudados em parte diferentes do programa, Descartes e Popper”: “Foi uma boa ideia, até porque é preciso evitar que o exame se torne repetitivo e previsível.”
Rolando Almeida, que é também autor do blogue A Filosofia no Ensino Secundário, diz que o exame foi “adequado, sem as ambiguidades maiores de outrora e mais centrado no que deve ser o ensino” da disciplina. “E isto é, por si só, uma boa notícia, pois quer dizer que o ensino da Filosofia tem mudado para melhor”, conclui.
A disciplina de Filosofia, que integra a componente geral do currículo do ensino secundário, é obrigatória para todos os alunos do 10.º e 11.º ano, mas a realização do exame é opcional.