Allan Sharif novamente preso por crimes praticados na cadeia

Luso-americano que comandou assalto a banco de Miami por telefone tinha sido posto em liberdade na última sexta-feira, por se ter esgotado o prazo máximo de prisão preventiva.

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Sharif foi condenado em Portugal a dez e a 17 anos de prisão em dois processos distintos DR

Segundo a Polícia Judiciária (PJ) da Guarda, a detenção surgiu no seguimento de uma investigação por crimes de corrupção e burla qualificada que Sharif, de 33 anos, terá praticado há quatro anos no estabelecimento prisional onde estava detido.

Os factos de que o luso-americano é agora indiciado terão ocorrido quando se encontrava preso preventivamente e envolvem outros reclusos e um funcionário do próprio estabelecimento prisional, também constituído arguido no mesmo processo, informou a PJ.

Allan Guedes Sharif, conhecido por mandar assaltar um banco em Miami (EUA) e condenado já por duas vezes em Portugal, foi posto em liberdade na última sexta-feira, por ter sido ultrapassado o limite do prazo máximo da prisão preventiva. A libertação ocorreu mediante algumas condições, uma das quais o pagamento de uma caução e a apresentação diária às autoridades.

E foi precisamente quando se apresentava no posto da GNR de Mangualde (Viseu) na última quarta-feira que elementos da PJ da Guarda deram cumprimento ao mandado de detenção. Fonte judicial explicou ao PÚBLICO que se trata de um processo de 2008, já numa altura em que Sharif estava preso.

Ouvido quarta e quinta-feira no Tribunal Judicial da Guarda, o luso-americano viu o juiz de instrução criminal aplicar-lhe novamente a prisão preventiva, a mais gravosa das medidas de coacção previstas na lei, por considerar existir perigo de fuga do arguido para o estrangeiro.  

Allan Sharif foi já condenado por duas vezes em Portugal. A primeira, em 2010, a uma pena de prisão de 17 anos pelos crimes de burla qualificada, extorsão e branqueamento de capitais, que lesaram instituições financeiras de vários países, nomeadamente dos EUA. O processo está em recurso no Tribunal Constitucional.

A segunda condenação foi em Novembro de 2012, quando o luso-americano apanhou dez anos de prisão pelo rapto de um empresário canadiano, extorsão, branqueamento e falsificação de documentos. Desta decisão foi também apresentado recurso, que está ainda em análise no Tribunal da Relação.
 
 

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