A APEL e os manuais escolares

A APEL lamenta que haja quem tenha uma visão injusta e superficial em relação a um setor que tanto tem contribuído para a educação.

Em resposta ao Editorial do Público de 27 de agosto, a APEL informa que:

a) a obrigação de devolução dos manuais em bom estado impedirá os alunos do 1º ano, os abrangidos no próximo ano letivo, de os usarem plenamente;

b) muitos pais preferem comprar os manuais por discordarem das limitações ao uso dos manuais dos filhos;

c) a medida prejudica os alunos das famílias mais desfavorecidas, que até agora podiam usar plenamente os manuais e terão de os devolver e pagá-los se os danificarem;

d) não se conhece nenhum estudo que prove que a medida é vantajosa para o país e a educação;

e) a medida vai afetar as 1.600 livrarias e papelarias existentes em Portugal, pondo em risco mais de 2.000 postos de trabalho e inviabilizando as editoras, tornando o país mais pobre, e não só culturalmente.

A APEL lamenta que haja quem tenha uma visão injusta e superficial em relação a um setor que tanto tem contribuído para a educação e formação de sucessivas gerações.

É preocupante constatar que, em vez de promover melhores e mais justas aprendizagens dos alunos, há quem procure prejudicar editoras e livrarias, como se o país ganhasse em se destruir o setor do livro.

Secretário-Geral da APEL

 

Nota da Direcção Editorial

Apesar de entendermos que o direito de resposta previsto na Lei de Imprensa não se aplica aos textos de opinião, concluímos que, neste caso, os leitores do PÚBLICO não deviam ficar privados desta notável posição da APEL contra a reutilização dos manuais escolares.

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