CIÊNCIA NA ESCOLA
Objetos no escuro. Plano de aula para explorar a luz
Ciência na Escola é uma iniciativa que resulta da parceria entre a Casa das Ciências e o PÚBLICO na Escola.
Proposta
Realização de uma atividade experimental para distinguir corpos luminosos de corpos não luminosos tendo como ponto de partida um texto do PÚBLICO. Posterior construção de uma notícia relacionada.
Destinatários
Alunos do 1.º ciclo (3.º e 4.º anos de escolaridade)
Disciplinas
Estudo do Meio; Português; Cidadania e Desenvolvimento
Duração
Deixamos ao critério do professor a gestão do tempo, de acordo com os recursos de que dispõe e as caraterísticas da sua turma.
Contextualização
Os nossos sentidos permitem relacionarmo-nos com o mundo à nossa volta, pois é através da visão, olfato, paladar, audição e tato que recebemos toda a informação necessária à perceção do ambiente que nos envolve. A visão é, sem dúvida, um dos sentidos mais importantes. No entanto, sem luz seria impossível ver, pois para vermos um objeto, os nossos olhos precisam de receber luz.
Os corpos que emitem luz são chamados corpos luminosos. São exemplos o Sol, uma lâmpada acesa ou um fósforo a arder. Estes corpos têm luz própria. Por outro lado, corpos que não têm luz própria e que, portanto, não emitem luz, são chamados corpos não luminosos. É o caso da Lua, do planeta Terra, de uma flor num jardim, de um brinquedo ou de um livro. Apenas conseguimos observar estes corpos quando refletem a luz (proveniente dos corpos luminosos) que lhes incide.
Objetivos
- Constatar que na ausência de luz não conseguimos ver objetos não luminosos, a não ser que sejam iluminados ou um luminoso;
- Descobrir que objetos luminosos têm luz própria e os objetos iluminados não emitem luz própria, mas refletem a luz dos objetos luminosos;
- Formular previsões, questões-problema e conclusões;
- Identificar os jornais como fonte de informação de ciência;
- Escrever uma notícia de ciência.
Pré-requisitos
Formular previsões, questão-problema e conclusões.
Material
Notícia “Descobertos três tubarões que brilham no escuro. Um deles é o maior vertebrado luminoso” de Filipa Almeida Mendes, publicado no PÚBLICO a 2 de março de 2021; vídeo “Cien e Tista no laboratório: Objetos no escuro” de Patrícia Christine Silva, publicado pela Casa das Ciências a 22 de março de 2022; computador; projetor; colunas; acesso à Internet; caixa de cartão; objeto luminoso (p.e. lanterna); objeto não luminoso (p.e. livro) e tesoura.
Antes das atividades, o professor:
- Esclarece os objetivos da aula e clarifica o percurso da mesma;
- Dialoga com os alunos para ativar os seus conhecimentos sobre corpos luminosos e não luminosos;
- Questiona sobre onde podem procurar informação sobre estes fenómenos.
Sequência de atividades
Os alunos, orientados pelo professor:
- Contactam com a notícia identificando a fonte, autor e data de publicação;
- Fazem a leitura silenciosa do texto;
- Identificam o antetítulo e discutem sobre a sua importância para o leitor;
- Falam sobre o que aprenderam com a leitura do texto;
- Releem a entrada da notícia (parágrafo imediatamente a seguir ao título) e descobrem a sua função no texto;
- Identificam a tipologia textual em que se enquadra;
- Localizam as respostas às perguntas: O quê? Quem? Quando? Onde? Como? e Porquê?
- Dialogam sobre a importância de cada um destes elementos numa notícia;
- Regressam ao título, e manifestam-se sobre se consideram tratar-se de uma boa escolha. Fundamentam as suas respostas e sugerem outras opções.
- A partir do tema da notícia, dão exemplos de outros seres/objetos que brilham no escuro;
- Participam em todos os passos da atividade experimental, acompanhando as orientações fornecidas pelo vídeo:
- Constroem uma notícia a dar conta do trabalho realizado e das conclusões a que chegaram (este passo será facilitado pela exploração do texto com que iniciámos esta sugestão de atividades).
Tratando-se de uma notícia, devem cingir-se aos factos e omitir qualquer apreciação ou comentário pessoais. Começar pelo que foi mais surpreendente é sempre uma boa ideia. E, claro, ter um título apelativo e adequado ao tipo de texto em questão.
No final, é inevitável fazerem a revisão textual para que resulte num texto claro, coeso e coerente, escrito com linguagem simples, mas rigorosa. Não esquecer, ainda, a importância de uma boa fotografia.
Avaliação
- Pelo envolvimento e participação;
- Pelo conhecimento que o aluno revela do mundo à sua volta;
- Pela capacidade de comunicar as suas ideias.
Notas
Os “Cien e Tista no laboratório” são vídeos com a proposta de exploração de temas de Ciências. Incluem atividades que respeitam um ensino numa perspetiva Inquiry Based Science Education, assegurando os diferentes momentos: a) definição da questão-problema; b) previsões; c) planificação; d) experimentação e registo; e e) conclusão.
O jornal PÚBLICO não é escrito segundo o Acordo Ortográfico de 1990.