Não se “deve subestimar a capacidade de sobrevivência da Frelimo”

João Cabrita diz que “violência e maus-tratos” tornaram-se “a cultura” da Frelimo para lidar “com qualquer sinal de oposição”, mas que o partido pode dar um passo atrás para poder dar dois à frente.

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Apoiantes da Frelimo durante a campanha eleitoral Siphiwe Sibeko/REUTERS
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O investigador moçambicano João Cabrita, autor de A Morte de Samora Machel e Mozambique: The Tortuous Road to Democracy, olha para a actual crise política em Moçambique como mais um sinal da sua tese, a de que “a origem do actual conflito é interna, os problemas foram criados pelo regime” e entroncam num hábito do partido do poder em Moçambique: “A Frelimo tem uma tradição de conflito desde que nasceu em 1962 até agora.”

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