Centeno chamado ao Parlamento para explicar salários no Banco de Portugal

Deputados aprovaram por unanimidade a chamada do governador do Banco de Portugal para explicar a política de recursos humanos do supervisor.

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Mário Centeno, governador do BdP MIGUEL A. LOPES / LUSA
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Os deputados aprovaram esta quarta-feira por unanimidade um requerimento do Chega para o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, ser ouvido sobre a política de recursos humanos do BdP, nomeadamente as remunerações dos consultores.

No requerimento, o Chega aponta, sem referir nomes, o caso recentemente vindo a público de um dos quadros do Banco de Portugal "a exercer funções de consultor do Conselho de Administração, e a auferir uma remuneração de cerca de 15 mil euros".

Notando que não existe informação sobre as tarefas específicas destes consultores, nem quantas pessoas estão a exercer este tipo de funções no presente momento, nem informação sobre quais os critérios de recrutamento específicos para este tipo de funções e que a lei orgânica do Banco de Portugal (BdP) também não é explícita sobre o tema, o partido justifica assim o pedido de audição a Mário Centeno.

Esta iniciativa surge depois da polémica criada pelo convite do Governo ao agora consultor do BdP Hélder Rosalino para liderar a secretaria-geral do Governo, com um salário de 15 mil euros. A entidade liderada por Mário Centeno recusou assumir este encargo e, entretanto, Hélder Rosalino recuou.

Além de Mário Centeno, será também chamada à Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública a administradora da BdP, Helena Martins Adegas, a quem está atribuído o Departamento de Pessoas e Estratégia Organizacional (DPE).

A sugestão para que a administradora fosse também ouvida partiu de Hugo Carneiro, do PSD, tendo sido aceite.

Na apresentação do requerimento, o deputado Rui Afonso do Chega salientou a necessidade de o país ser informado sobre os custos em que incorre uma instituição como o BdP.