Encostados à parede

Este crescendo autoritário não vai parar se não formos nós a pará-lo. Quem começou isto não vai parar por vontade própria.

Ouça este artigo
00:00
04:05

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Luís Montenegro queixou-se que houvesse quem considerasse “governação extremista” ordenar “ações de natureza preventiva, policial, em contextos localizados” como o do Martim Moniz. Extremista? Ele, um defensor do “humanismo e da dignificação da pessoa”, que jura que “a segurança não é nem de direita nem de esquerda"? Na boca de Montenegro, “segurança” é coisa que requer definição. Ontem, por exemplo, Paulo Raimundo, dizia que "a maior insegurança das pessoas não está na perceção da insegurança” de que tanto fala Montenegro, mas sim “na insegurança do seu vínculo laboral, do seu baixo salário, (...) na insegurança de ir a uma urgência e não ter médico para responder". Mas essa não é a segurança de que nos têm posto a falar desde, pelo menos, o 11 de Setembro.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.