Somos corpos mortos que andam por aí

Este texto também é o meu “merci, Gisèle”; 2024 será para sempre o teu ano.

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A frase não é minha. Roubei-a a uma jovem afegã de 17 anos, Shabana (nome fictício), que desabafava à BBC, em setembro, o seu medo de conversar com as amigas no autocarro e concluía: “Se não podemos falar, para quê viver? Somos corpos mortos que andam por aí.” É à morte, física, simbólica e política dos corpos femininos que dedico o meu primeiro texto de 2025.

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