Administradora da ULS de Almada-Seixal diz que mandato só termina em 2026
Em Setembro, Governo anunciou afastamento do conselho de administração da ULS Almada-Seixal e a escolha do antigo deputado do PS António Seguro Sanches para o cargo de presidente daquela ULS.
O afastamento mais polémico – e ainda não concretizado – é o da administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Almada-Seixal, que é presidida por Teresa Luciano, que antes liderava a administração do Hospital Garcia de Orta (Almada). A farmacêutica não está disposta a sair sem dar luta. Teresa Luciano alega que o mandato do conselho de administração da ULS de Almada-Seixal não está prestes a terminar, ao contrário do que defende o director executivo do Serviço Nacional de Saúde.
"O nosso entendimento é que o mandato apenas termina em 2026", disse ao PÚBLICO, lembrando que começou a liderar a ULS de Almada-Seixal - que é "uma nova entidade" - em Janeiro deste ano, e nessa altura convidou novos elementos para a administração, nomeadamente o director clínico para os cuidados de saúde primários. "Não os convidei para ficarem a trabalhar só uns meses”, avisa.
Foi em Setembro que se soube que a Direcção Executiva do SNS decidiu afastar o conselho de administração da ULS de Almada-Seixal, e, nesse mesmo dia, a secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, revelou, durante uma entrevista na RTP1, que o antigo deputado do PS António Seguro Sanches já tinha sido convidado para assumir o cargo de presidente do conselho de administração.
No entanto, mais de um mês depois, o conselho de administração mantinha-se em plenas funções, "sem ter recebido, até ao momento, qualquer indicação sobre quando cessará funções”. Ouvida no Parlamento em 23 de Outubro, Teresa Luciano contou que a administração foi demitida pelo director executivo do SNS através de um telefonema que durou “menos de três minutos” e que lhes foi pedido que apresentassem uma carta de rescisão.