PSP recupera 4500 euros em jóias levadas por homem que simulou transferência bancária
Homem de 28 anos é suspeito de burlar o responsável de ourivesaria em Oeiras. Algumas jóias já estavam em estabelecimentos de penhoras e compra e venda de ouro.
O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Esquadra de Investigação Criminal da Divisão Policial de Oeiras, conseguiu recuperar várias jóias em ouro e prata que pertenciam a uma ourivesaria em Oeiras, cujo responsável foi alvo de burla. As jóias estavam avaliadas em cerca de 4500 euros.
Segundo um comunicado da PSP, o crime ocorreu no dia 6 de Dezembro. O suspeito, um homem de 28 anos, deslocou-se à ourivesaria onde pediu para ver várias peças. Quem o atendeu de nada desconfiou e mostrou o que lhe foi sendo pedido, enquanto o indivíduo, que não se escondeu das câmaras de vigilância, escolheu o que pretendia.
No momento do pagamento, dado o elevado valor, perguntou se podia fazer transferência bancária, tendo o responsável da ourivesaria anuído. No entanto, passados vários dias, o lesado constatou que ainda não havia recebido o pagamento, apercebendo-se então que o suspeito o havia ludibriado, simulando o pagamento – ou seja, o suspeito fez uma transferência com agendamento, o que permite não fazer logo o pagamento, mas obter um comprovativo como se já tivesse transferido o dinheiro, que mostrou ao responsável pela ourivesaria, e logo a seguir anulou o procedimento.
No dia 13 de Dezembro foi apresentada uma denúncia na Esquadra de Miraflores, da Divisão Policial de Oeiras. Segundo a PSP, duas semanas depois “foi possível recuperar todos os artigos, sendo que se encontravam em diferentes locais na cidade de Lisboa, como sejam em estabelecimentos de penhoras e de compra e venda de ouro e ainda junto de outros indivíduos conhecidos do suspeito” que, para além de terem ficado sem os artigos, “foram identificados como suspeitos na prática do crime de receptação”.
No total foram recuperados “um anel de prata mesa no valor de 95 euros, uma pulseira de prata no valor de 88 euros, um anel de ouro amarelo com topázio azul no valor de 995 euros, dois fios de ouro amarelo, no valor de 965 euros e outro no valor de 2420 euros”.
Ao suspeito foi já aplicado o termo de identidade e residência, tendo sido constituído arguido, “aguardando futuros desenvolvimentos processuais decorrentes do inquérito”.
Em declarações ao PÚBLICO, o comissário Thó Monteiro, da Esquadra de Investigação Criminal da Divisão Policial de Oeiras, disse que o mesmo indivíduo é suspeito do crime de burla com agendamento de transferência em vários processos.