Grande meteoro registado em Braga
O meteoro foi detectado durante o pico de intensidade da última chuva de estrelas do ano, as Geminídeas.
O Planetário – Casa da Ciência de Braga registou um grande meteoro no céu da cidade na noite do último sábado (14 de Dezembro). O fenómeno ocorreu às 23h27, coincidindo com o pico da chuva de estrelas de Dezembro, as Geminídeas, informou aquele observatório astronómico na sua página no Facebook.
As Geminídeas costumam prolongar-se de 19 de Novembro até 24 de Dezembro, atingindo o pico de intensidade por volta dos dias 13 a 14 de Dezembro. Ou seja, precisamente nas noites desta sexta-feira e deste sábado, “como foi o caso”, recorda o Planetário – Casa da Ciência de Braga.
Esta chuva de estrelas, ou meteoros, é originada pelos restos do asteróide (3200) Faetonte, descoberto em 1983. “Isto faz das Geminídeas, em conjunto com as Quadrântidas [em Janeiro], as duas principais chuvas de meteoros que não se originam de um cometa”, salienta o observatório astronómico de Braga.
Quando os fragmentos e poeiras de asteróides ou cometas deixados no espaço entram na atmosfera da Terra, temos os meteoros – traços de luz no céu. Ou, por outras palavras, uma chuva de estrelas ou estrelas cadentes.
“Acredita-se que a intensidade das Gemínidas esteja a aumentar em cada ano. Nos últimos anos, tivemos registos de 120 a 160 meteoros por hora, sob condições óptimas de céu escuro e limpo”, acrescenta o observatório astronómico de Braga. “As Gemínidas foram observadas pela primeira vez apenas em 1862. É uma chuva de meteoros bem mais recente que qualquer outra chuva de meteoros, como as Perseidas e as Leónidas [as últimas atingem o pico de intensidade por volta de 16 de Novembro].”
As Geminídeas têm esta designação porque os meteoros parecem estar a vir da constelação dos Gémeos. São uma das maiores chuvas de estrelas do ano, a par das famosas Perseidas, que parecem vir da constelação de Perseu e podem ser observadas de 27 ou 28 de Julho até à volta de 16 de Agosto. No entanto, as Perseidas têm a sua origem nas poeiras deixadas para trás pelo cometa Swift-Tuttle nas suas passagens perto da Terra (a última foi em 1992 e a próxima será em 2125).
Seguem-se as Quadrântidas, a próxima chuva de estrelas, no início de 2025.