Educação: os indicadores pioram e o país encolhe os ombros

O palavreado sobre as “aprendizagens essenciais” que tendem a subalternizar currículos, avaliação e resultados é, em grande parte, responsável pelo recuo de indicadores críticos como os do PISA.

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Não bastavam as conclusões do último relatório PISA do final do ano passado ou os mais recentes e tristes dados da avaliação TIMSS: por estes dias chegou ao conhecimento mais um deplorável retrato sobre o estado da educação em Portugal. Em cada dez portugueses com idades compreendidas entre os 16 e os 65 anos, quatro só são capazes de fazer leituras simples de textos curtos ou de realizar operações matemáticas básicas. Numa primeira leitura deste retrato assustador, haveria sempre a esperança de que estávamos a falar apenas da pesada herança do Portugal pré-europeu, atrasado, anacrónico e iletrado. Mas não: o estudo divulgado pela OCDE prova que as competências dos portugueses entre os 16 e os 24 anos estão também abaixo da média dos países analisados pela organização.

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