Lar de idosos de Palmela encerrado por falta de higiene e cuidados de saúde
GNR identificou a responsável por três lares ilegais, uma mulher de 58 anos, que era proprietária de um deles, onde havia “falta grosseira de higiene e prestação de cuidados de saúde básicos”.
Um lar de idosos de Palmela foi encerrado por falta de condições de higiene e prestação de cuidados de saúde, numa operação conjunta da GNR e Segurança Social, após denúncias por maus-tratos a idosos, anunciou esta quinta-feira a guarda.
O major Luís Maciel, do Comando Territorial de Setúbal da GNR, disse à agência Lusa que, na operação efectuada na passada segunda-feira, foi decidido o "encerramento administrativo" de um dos três lares visitados no âmbito desta operação, "devido à falta grosseira de higiene e prestação de cuidados de saúde básicos aos utentes".
"Os seis utentes do lar foram entregues a familiares, embora dois deles tivessem sido submetidos a uma avaliação prévia do seu estado de saúde numa unidade hospitalar", acrescentou.
De acordo com este responsável da GNR, na operação, que deu cumprimento a três mandados de busca domiciliária, foram fiscalizados três lares não licenciados, no concelho de Palmela, distrito de Setúbal, com um "total de 21 utentes, dois deles com seis idosos e outro com nove".
"Os três lares eram geridos pela mesma pessoa, uma mulher de 58 anos, proprietária de um dos lares ilegais", disse Luís Maciel, adiantando que a investigação está a tentar apurar quem são os proprietários dos outros dois lares, que têm a actividade futura dependente da avaliação da Segurança Social.
Em comunicado, a GNR refere que a operação foi efectuada no âmbito de uma investigação coordenada pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Setúbal, na sequência de denúncias que apontavam para a prática reiterada de crimes de maus-tratos aos idosos.
A operação liderada pelo Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) da GNR, acrescenta o comunicado, "contou com o reforço de militares da Unidade de Intervenção (UI) e da Unidade de Controlo Costeiro e Fronteiras (UCCF), tendo ainda contado com o apoio da Segurança Social de Setúbal".
Os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Setúbal.