PSP registou 71 mortes em acidentes rodoviários até 30 de Novembro

Houve mais sete mortes nas estradas nos primeiros 11 meses do ano do que no mesmo período do ano passado. PSP contabilizou 71 vítimas mortais entre os 53 mil acidentes entre Janeiro e Novembro.

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A PSP alerta que "o factor humano do comportamento é a condição mais relevante para a ocorrência da maioria dos acidentes de viação" Rui Gaudêncio
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A Polícia de Segurança Pública (PSP) registou, entre 1 de Janeiro e 30 de Novembro deste ano, 71 vítimas mortais em acidentes rodoviários, mais quatro do que em igual período de 2023, divulgou esta quinta-feira, 5 de Dezembro. Num balanço, a PSP adianta que neste período ocorreram 53.086 acidentes, mais 465 do que em 2023 (com um total de 52.621) e 17.203 feridos (mais 305), dos quais 737 graves (mais 7) e 16.466 ligeiros (mais 298), quando comparados com o ano anterior.

No que corresponde às vítimas mortais registadas nas estradas em que a PSP tem jurisdição, 27 resultaram de acidentes, 24 de atropelamento e 20 de situações de despiste, adiantam os dados.

Relativamente à fiscalização rodoviária, de 1 de Janeiro a 30 de Novembro de 2024, a PSP realizou em todo o território nacional uma média de 68 operações por dia, tendo fiscalizado 637.766 condutores e controlado 2.030.773 viaturas por radar. No total foram registadas 187.390 contra-ordenações, o que equivale a uma média de cerca de 559 infracções por dia.

Das infracções registadas no mesmo período, os números indicam 28.969 por excesso de velocidade, o que corresponde a 15,5% do total das infracções registadas, situação que a PSP considera, numa vertente preventiva, que "merece especial preocupação", uma vez que a condução em excesso de velocidade continua a ser um dos principais factores da sinistralidade rodoviária.

No mesmo período foram efectuados 186.424 testes de alcoolemia, dos quais resultaram 3382 autos de contra-ordenação por condução sob o efeito do álcool. Destas infracções, 730 dizem respeito a condutores aos quais se aplica a taxa reduzida de álcool (condutores com carta de condução há menos de três anos ou condutores profissionais), o que corresponde a cerca de 21,6% das infracções registadas por condução sob o efeito do álcool.

Foram igualmente registadas 4783 infracções por uso do telemóvel durante a condução (uma média diária de 14), assim como 18.163 contra-ordenações por falta de inspecção periódica obrigatória e 5933 por falta de seguro de responsabilidade civil obrigatório.

A PSP passou ainda 2572 multas por falta do uso do cinto de segurança e 921 por falta do uso de sistemas de retenção. No período referido foram ainda efectuadas 7919 detenções por crimes rodoviários, nomeadamente 4202 por condução sob o efeito do álcool (a taxa crime é de 1,20 gramas por litro) e 3717 por condução sem habilitação legal.

"Tendo em conta o aumento global dos índices de sinistralidade, de feridos e vítimas mortais, a PSP, com o objectivo de redução de acidentes rodoviários e de vítimas nas estradas, vai incrementar em todo o território nacional diversas acções de sensibilização e fiscalização, designadamente no controlo da velocidade e na condução sob influência do álcool, factores de risco mais associados à sinistralidade rodoviária", afirma aquela polícia numa nota enviada à Lusa.

Actualmente, adianta, "o factor humano do comportamento é reconhecido como a condição mais relevante para a ocorrência da maioria dos acidentes de viação, seja por infracção e/ou desrespeito pelas regras e sinais de trânsito, seja perante um acontecimento inesperado".

Na época festiva que se avizinha, na qual muitas pessoas fazem longas viagens, muitas vezes com condições meteorológicas adversas, a PSP apela aos automobilistas para que conduzam em segurança e não adoptem comportamentos que possam diminuir as suas capacidades de condução.

Nesse sentido, apela aos condutores para que não conduzam sob o efeito do álcool e/ou de substâncias psicotrópicas; mantenham a distância de segurança do veículo da frente; não conduzam em excesso de velocidade; adaptem a condução às condições meteorológicas e ao estado da via; não utilizem o telemóvel durante a condução e utilizem os elementos de segurança passiva (cintos de segurança, sistemas de retenção e capacetes).