Educadora detida por maus tratos em jardim-de-infância de Reguengos de Monsaraz
Mulher está “fortemente indiciada de infligir maus tratos físicos e psicológicos, consistentes em verbalizar, em gritaria, palavras ofensivas da personalidade de crianças de tenra idade”
Uma educadora de infância de 56 anos foi detida por suspeitas de maus tratos contra "crianças de tenra idade" num jardim-de-infância situado no concelho de Reguengos de Monsaraz, distrito de Évora, revelaram esta quarta-feira fontes judiciais e policiais. A detenção da mulher foi divulgada pelo Ministério Público (MP), através de um comunicado publicado na página de Internet da Procuradoria-Geral Regional de Évora.
Contactada pela agência Lusa, uma fonte do Comando Territorial de Évora da GNR, força de segurança que coadjuvou o MP nas investigações, limitou-se a adiantar que a detenção ocorreu no concelho de Reguengos de Monsaraz.
No comunicado, o MP indicou que a suspeita foi detida na sequência de uma "participação efectuada no decurso da segunda quinzena de Novembro, respeitante a factos ocorridos em Setembro e Outubro de 2024". "O MP emitiu mandados de detenção fora de flagrante delito e apresentou a primeiro interrogatório judicial" a arguida, que está "indiciada pela prática de um crime de maus tratos, ocorridos em jardim-de-infância, sito na área territorial da Comarca de Évora, onde trabalhava como educadora, adiantou.
Segundo o Ministério Público, a mulher está "fortemente indiciada de infligir maus tratos físicos e psicológicos, consistentes em verbalizar, em gritaria, palavras ofensivas da personalidade de crianças de tenra idade". É igualmente suspeita de "desferir palmadas e arrastar o corpo pelo chão de uma vítima criança, com três anos", acrescentou.
Após ter sido apresentada em tribunal, a mulher foi suspensa de funções e proibida de contactar com as vítimas, respectivos pais, colegas de profissão e auxiliares do estabelecimento de ensino e de se deslocar ou permanecer nas instalações do jardim-de-infância.
As investigações prosseguem sob a direcção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Évora, com a coadjuvação da GNR através do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) de Évora.