PSP arquiva 39 dos 43 processos abertos aos polícias que protestaram no Capitólio

Só quatro processos para apurar responsabilidades disciplinares se mantêm em aberto.

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O chamado cerco do Capitólio teve lugar em Fevereiro passado Nuno Ferreira Santos
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A PSP arquivou 39 dos 43 processos disciplinares abertos a polícias que participaram na concentração espontânea realizada em Fevereiro junto ao cineteatro Capitólio, em Lisboa, durante o debate eleitoral para as eleições legislativas.

Numa resposta sobre os 43 processos disciplinares instaurados pela PSP para apurar o eventual envolvimento de polícias no protesto, cuja realização não foi comunicada, bem como a responsabilidade disciplinar, a Polícia de Segurança Pública diz que 39 foram arquivados, continuando quatro deles abertos, mas ainda sem decisão. A PSP não refere qual o motivo do arquivamento destes processos, que decorreram em vários comandos territoriais da polícia.

O Ministério Público também já tinha arquivado, em Maio, o inquérito ao chamado cerco do Capitólio, nome pela qual ficou conhecida a manifestação das forças de segurança no Parque Mayer. O inquérito tinha como finalidade apurar responsabilidades dos polícias no protesto.

A 19 de Fevereiro, centenas de polícias concentraram-se junto ao cineteatro Capitólio, onde estava a decorrer um debate entre os dois principais candidatos a primeiro-ministro nas legislativas de 10 de Março, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, depois de uma concentração que juntou na Praça do Comércio cerca de três mil manifestantes da PSP e da GNR. Ao contrário do protesto no Parque Mayer, esta concentração estava autorizada, tendo sido organizada pela plataforma que congregava os sindicatos do sector.

Já o protesto junto ao Capitólio foi marcado nas redes sociais pelo movimento inorgânico Inop e não teve a participação dos sindicatos, sendo também através daquelas redes que foram lançadas todas as directrizes que os polícias deviam seguir. Na altura, os elementos da PSP e da GNR estavam em protesto há mais de um mês para exigir um suplemento de risco idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.

No início de Julho, o Governo e alguns sindicatos da PSP e associações da GNR chegaram a acordo sobre um novo suplemento da missão.