Gouveia e Melo lidera destacado sondagem em que os quatro favoritos são de direita

O almirante Gouveia e Melo é o mais bem posicionado para concorrer à presidência da República, quase 10 pontos à frente de Passos Coelho. Em quinto, Mário Centeno é o primeiro nome do centro-esquerda.

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O almirante Gouveia e Melo já comunicou estar indisponível para continuar como chefe do Estado-Maior da Armada MÁRIO CRUZ / LUSA
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Entre os possíveis candidatos à presidência da República considerados na mais recente sondagem da Intercampus, Henrique Gouveia e Melo é, com larga distância, o favorito, com 23,2% das intenções de voto numa eventual primeira volta, perto de 10 pontos percentuais à frente do segundo, o antigo presidente do PSD Pedro Passos Coelho (com 13,9%). Com os primeiros quatro lugares ocupados por putativos candidatos do centro-direita e direita, o primeiro nome do centro-esquerda surge apenas em quinto: Mário Centeno (6,4%), actual governador do Banco de Portugal.

Na sondagem da Intercampus para o Jornal Negócios e o Correio da Manhã, publicada esta segunda-feira, o também antigo líder social-democrata e actual comentador Luís Marques Mendes, que prometeu para o início de 2025 uma decisão sobre se será candidato a Belém, fica em terceiro lugar com 9,8% das intenções de voto. Segue-se André Ventura, presidente do Chega, com 6,6%.

Logo atrás de Ventura está Centeno, seguindo-se, ainda na área socialista, a ex-candidata presidencial Ana Gomes (5,1%) e o antigo secretário-geral do PS António José Seguro (4,7%). Se a embaixadora ainda não se pronunciou sobre se quer concorrer às eleições previstas para Janeiro de 2026, Seguro já assumiu, no passado dia 21 de Novembro, estar a "ponderar" uma candidatura.

Também no campo do centro-esquerda, o ex-presidente do Parlamento Augusto Santos Silva afirmou, na semana passada, ao PÚBLICO que rejeita colocar-se de fora de uma eventual candidatura. No entanto, o ex-ministro socialista não é considerado neste estudo de opinião da Intercampus.

No estudo de opinião são ainda considerados a actual eurodeputada bloquista Catarina Martins (4%), o também deputado ao Parlamento Europeu João Cotrim de Figueiredo e o antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso – que em 2023 já afastou a possibilidade de ser candidato –, ambos com 3,2%, o co-líder do Livre Rui Tavares (2,4%), o presidente da câmara de Figueira da Foz Santana Lopes (1,3%), que ainda na semana passada admitiu concorrer se as sondagens lhe forem favoráveis, e, por fim, o secretário-geral do PCP Paulo Raimundo (0,9%), que não só garantiu que os comunistas terão um candidato a Belém como admitiu poder ser ele próprio a candidatar-se.

Numa altura em que não há ainda nenhuma candidatura assumida, e perante a profusão de potenciais candidatos, o número de indecisos ascende a 15,3% dos inquiridos.

Foram entrevistadas 605 pessoas entre os dias 21 e 27 de Novembro. O trabalho de campo apanhou, assim, o sábado 23 de Novembro, em que surgiram as primeiras notícias de que o chefe do Estado-Maior da Armada não estava disponível para continuar no cargo. A notícia foi avançada pelo Observador. Mais tarde, a SIC Notícias anunciou que a candidatura presidencial de Gouveia e Melo deveria ser anunciada em Março.

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