FC Porto aponta revolta como combustível para retoma na Bélgica

“Dragões” precisam de pontuar diante do Anderlecht para ganharem oxigénio na luta pelo apuramento na Liga Europa.

Foto
Treino do FC Porto no Olival antes da partida para Bruxelas JOSE COELHO / LUSA
Ouça este artigo
00:00
02:41

O FC Porto complicou a própria vida nas últimas semanas. Perdeu de forma expressiva em casa de um rival no campeonato, foi eliminado da Taça de Portugal e sofreu, em Roma, a segunda derrota na Liga Europa. Se, mesmo com outro tipo de resultados a nível doméstico, já chegaria pressionado ao embate de hoje (17h45, SportTV), em Bruxelas, com três de-saires consecutivos a margem de erro desapareceu. É, por isso, obrigatório que os “dragões” se imponham ao Anderlecht - para subirem uns degraus na frente europeia e dissiparem as nuvens de desconfiança que se têm abatido sobre a equipa.

O contexto não é propriamente favorável. No lote dos segundos classificados, o Anderlecht tem compensado na Liga Europa a inconsistência que tem mostrado na Liga belga (ocupa o quarto lugar): começou por vencer o Ferencváros (2-1), depois surpreendeu a Real Sociedad, em Espanha (1-2), superou o Ludogorets (2-0) e só abrandou na Letónia, diante do Rigas FS (1-1). Contas feitas, chega a este embate com dez pontos, contra apenas quatro do FC Porto.

A este quadro há que acrescentar o momento recomendável que os belgas, orientados por David Hubert desde o final de Setembro, atravessam: ganharam quatro dos últimos cinco jogos (houve o tal empate em Riga pelo meio) e todos com goleada (4-0, 4-0, 5-0, 6-0).

“Vamos tentar ser dominantes. Jogamos em casa, numa competição onde temos estado bastante bem, por isso, o objectivo é sermos dominantes, independentemente do adversário. O FC Porto é uma grande equipa, estamos ansiosos por fazer uma grande partida”, resumiu o técnico.

Do lado do FC Porto a mensagem de confiança e de inversão de tendência sopra de dois quadrantes. Primeiro foi o presidente, André Villas-Boas, à partida para a Bélgica: “A confiança no treinador mantém-se, tanto por parte dos jogadores, como da estrutura e da direcção. Tem espaço para desenvolver o seu trabalho, tem tempo, foi a nossa escolha para este projecto e é nele que acreditamos.” Depois foi o próprio Vítor Bruno, em conferência de imprensa, a prometer transformar o actual sentimento do grupo numa espécie de “revolta”. “Não contra ninguém, mas connosco, perante aquilo que não temos feito ultimamente.”

Em Bruxelas, o FC Porto lidará apenas com as ausências de Deniz Gul e Grujic, o que significa que terá à disposição todos os elementos que têm sido escolhas regulares do treinador. Um deles é Samu, um dos melhores marcadores da prova (quatro golos). E bem precisam os “dragões” da eficácia do espanhol, para resgatarem os primeiros pontos fora de casa nesta edição da Liga Europa.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários