Jorge Martín sagra-se campeão do mundo de MotoGP
Piloto espanhol confirmou conquista do título numa corrida segura, em que o triunfo de Francesco Bagnaia foi mero prémio de consolação.
- Perfil. Menos “fogo”, mais cabeça. Jorge Martín respirou fundo para ser campeão de MotoGP
O espanhol Jorge Martín (Ducati) garantiu este domingo, no Grande Prémio de Barcelona, última corrida da temporada de 2024, o seu primeiro título de campeão do mundo de MotoGP - que junta ao de Moto3 de 2018 -, sucedendo ao bicampeão e único rival Francesco Bagnaia (Ducati), que venceu no fecho da temporada, chegando às 11 vitórias em grandes prémios, mas não evitou a perda do título.
Martín, que se estreou na classe rainha em 2021, terminou em terceiro lugar, confirmando o título mundial que consolidou, em grande medida, devido às prestações nas corridas sprint, ainda que este sábado tenha cedido terreno para Bagnaia, vendo a vantagem de 24 pontos reduzida para 19.
Uma diferença, ainda assim, muito difícil de anular em condições normais, já que o italiano teria que vencer e ver Martín ficar em décimo ou pior, cenário que nunca esteve no horizonte durante a corrida da Catalunha. Uma queda do espanhol permitiria a Bagnaia chegar ao "tri", mesmo ficando em segundo em Barcelona, mas Martín nunca arriscou.
Partindo da pole position, Bagnaia assumiu o comando desde o arranque, com Jorge Martín (com uma escolha de pneus a privilegiar a gestão durante a corrida) a saltar de quarto para segundo, mas a ser sistematicamente atacado pelas Ducati de Enea Bastianini e Marc Márquez, sem poder endurecer demasiado os duelos para evitar um acidente que lhe poderia custar o título.
Porém, após um erro de Bastianini, que caiu para oitavo, Martín deixou que Márquez e Bagnaia (que em 2025 serão companheiros de equipa) se afastassem e digladiassem, luta a que o madrilenho ia assistindo a uma distância segura, sem estar muito pressionado pelos perseguidores.
A luta Bagnaia/Márquez acabaria por arrefecer, o que pouco influenciou a questão do título, já que Jorge Martín só dependia de uma pilotagem segura, sem erros para garantir a conquista do Campeonato do Mundo. E confirmou-o sem sobressaltos, tornando-se no primeiro piloto independente a chegar ao título na era MotoGP.
Quanto a Miguel Oliveira (Aprilia), que regressou após fractura para se despedir da Trackhouse, o português superou os problemas técnicos da sprint, subindo posições numa corrida em que partiu do 14.º lugar para acabar em 12.º.