Dramas visíveis e ocultos

Não falo já dos comandos que, em vez de integrados nas forças armadas do novo Estado da Guiné-Bissau, foram sumariamente fuzilados. Mas há ainda os que estão vivos, os seus filhos, as suas viúvas...

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A matança a que assistimos, diariamente, em Gaza revolta-nos e indigna-nos, parece-me, independentemente de sermos pró-israelitas ou pró-palestinianos. A operação militar que aí decorre parece já ter ultrapassado todos os limites, desprezando absolutamente o direito internacional em tempo de guerra, com objectivos que não são claros. Seja ou não verdade que a intenção é a de efectuar uma limpeza étnica, criando uma situação de desespero e de catástrofe tão grande que a comunidade internacional e os próprios palestinos aceitem a sua evacuação, há uma coisa que me parece não suscitar dúvidas: o conflito israelo-palestiniano é, actualmente, uma questão de direitos humanos. Abandonado pelos Estados – pese embora o seu carácter essencialmente simbólico, Portugal, com o actual Governo, continua a política do anterior, não reconhecendo o Estado da Palestina –, tem de ser a opinião pública nos diversos países a manter acesa a chama da solidariedade e humanidade para com o povo palestino, face ao imenso lobby mediático pró-governo de Israel.

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