Montenegro anuncia para “muito brevemente” plano para resolver problemas no INEM

Primeiro-ministro vincou que membros do executivo estão “empenhadíssimos” nessa resolução, assim como em “aprofundar, esclarecer e investigar” tudo o que possa ter sido mau funcionamento do INEM.

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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, esteve na inauguração de espaços requalificados da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco PAULO NOVAIS / LUSA
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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou esta quinta-feira em Castelo Branco que o Governo irá apresentar um plano "muito brevemente" para resolver problemas no INEM.

Poucas horas depois de ter dito, em Castelo de Vide, que a ministra da Saúde tinha dito tudo o que havia para dizer em relação aos problemas do INEM, Luís Montenegro afirmou em Castelo Branco que o Governo irá apresentar um plano muito brevemente para dar resposta a esses problemas.

Quase no final de um discurso na Escola Superior de Educação de Castelo Branco centrado no ensino superior, Luís Montenegro acabou por abordar a questão do INEM, para dizer que os "senhores jornalistas ficam muito chateados - salvo seja -", por não responder "exactamente à questão" que lhe colocam.

"Eu já sei que eles só querem falar do INEM. Mas eu quero dizer que há um país que pulula todos os dias, apesar dos problemas do INEM, que são graves e que nós estamos a resolver e que vamos resolver. Vamos apresentar um plano muito brevemente para resolver esse problema", disse Luís Montenegro, que discursou depois de inaugurar espaços requalificados da Escola Superior Agrária e da Escola Superior de Educação, instituições do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

Esta declaração surge depois de o Presidente da República ter defendido que é preciso apurar os factos sobre a resposta do INEM no contexto da recente greve e eventuais responsabilidades administrativas e políticas, repetindo neste caso a expressão "doa a quem doer".

"Tem de ser apurado por que é que aconteceu, quem é que devia ter feito e não fez, quem é que fez, mas fez mal, a nível administrativo e a nível político", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta aos jornalistas, num hotel de Cuenca, Equador, onde se encontra para participar na 29.ª Cimeira Ibero-Americana.

O primeiro-ministro vincou que os membros do executivo estão "empenhadíssimos" nessa resolução, assim como em "aprofundar, esclarecer e investigar tudo aquilo que foi ou que possa ter sido mau funcionamento" do INEM.

"Mas eu quero que todos saibam que, apesar de estarmos preocupados e a resolver esse problema, há um projecto muito maior do que esse para resolver em Portugal. É o projecto de nós acreditarmos no nosso país, de nós acreditarmos que conseguimos construir mais oportunidades, que conseguimos gerar mais riqueza", salientou.

Para Luís Montenegro, o país concentra muitas das energias a "insistir nos mesmos problemas", considerando que, se se passa o "tempo só a tratar desses", que têm atenção mediática, não se dá "esperança nem futuro ao país".

Na passada terça-feira, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse esperar que a Inspecção-Geral da Saúde faça uma "avaliação profunda" sobre se foram cumpridos os serviços mínimos na greve do INEM e garantiu que foi feito tudo o que era possível.

As mortes de 11 pessoas alegadamente associadas a falhas no atendimento do INEM motivaram a abertura de sete inquéritos no Ministério Público, um dos quais já arquivado. Há ainda um inquérito em curso da IGAS.