Stop anuncia greve de profissionais da educação para 15 de Novembro
O pré-aviso abrange todos os profissionais da educação, desde assistentes técnicos e operacionais, docentes, técnicos superiores e especializados, que exerçam a sua actividade no sector da educação.
O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) anunciou esta segunda-feira a realização de uma greve nacional de professores e não docentes no dia 15 de Novembro, a próxima sexta-feira, para exigir a valorização dos trabalhadores das escolas.
O pré-aviso de greve abrange "todos os profissionais da educação", desde assistentes técnicos e operacionais, docentes, técnicos superiores e especializados, "que exerçam a sua actividade profissional no sector da educação, da investigação científica e da formação profissional, e do Ensino Superior".
A paralisação foi convocada pelo Stop para assinalar a "importância e a necessidade urgente em valorizar e dignificar todos os profissionais da educação".
Em concreto, defendem aumentos salariais num valor mínimo de 120 euros, uma avaliação "justa e sem quotas", o direito à formação gratuita e em horário laboral, uma "gestão escolar democrática", com a eleição do director e coordenações por todos os trabalhadores da escola e a possibilidade de acesso de todos à Caixa Geral de Aposentações.
Na greve de sexta-feira, o Stop insiste também no fim do processo de municipalização na educação, que diz potenciar assimetrias regionais no acesso à educação e ser prejudicial para os assistentes operacionais.
As condições de trabalho dos assistentes operacionais são particularmente destacadas no pré-aviso, em que o sindicado reivindica a diferenciação salarial em função da antiguidade e a "diminuição significativa" do rácio de alunos por assistente operacional.
Defende ainda a criação de uma carreira específica, argumentando que a carreira de assistente operacional é "demasiado abrangente", tendo em conta a especificidade das tarefas exercidas pelos trabalhadores das escolas.
Desde o início do ano lectivo já houve várias greves que afectaram o funcionamento das escolas.
O Ministério da Educação esteve reunido no final de Agosto com dirigentes da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) para analisar um melhor enquadramento do pessoal não docente na administração pública, com valorização de funções, e reforço da transferência de verbas para as autarquias.