Greves no INEM são absurdas. Mas a culpa é toda do Governo
É preciso ser um gestor supinamente aselha ou um político muito distraído (vai dar ao mesmo) para não ser capaz de estimar o número de chamadas e assegurar os meios necessários ao seu atendimento.
Na escala de serviços absolutamente essenciais prestados pelo Estado, o Instituto Nacional de Emergência Médica está bem lá no topo. É difícil encontrar outra profissão que desempenhe um serviço mais importante e mais urgente; e é dificílimo justificar que um polícia da Brigada de Trânsito ou um coronel de Cavalaria estejam impedidos de fazer greve, mas um técnico de emergência que atende chamadas encaminhadas do 112 não. Cada telefonema que fica por atender pelo INEM pode custar uma vida, e é possível que em apenas uma semana oito pessoas já tenham morrido por causa disso.
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