Trump nomeia Susie Wiles, a “rainha de gelo”, como chefe de gabinete da Casa Branca
Wiles, de 67 anos, será a primeira mulher a ocupar o cargo, e leva para a Casa Branca a experiência e a disciplina que escaparam ao arranque do primeiro mandato de Trump.
Donald Trump nomeou a principal responsável pela sua mais recente campanha eleitoral, Susan Wiles, para o importante cargo de chefe de gabinete da Casa Branca, cujos titulares são vistos como a segunda pessoa mais poderosa de Washington D.C., logo atrás do Presidente dos Estados Unidos.
Conhecida na política norte-americana como Susie Wiles, a experiente e discreta estratega republicana da Florida tem 67 anos e será a primeira mulher a chefiar o gabinete da Casa Branca em toda a história dos EUA.
Wiles é uma das principais responsáveis pela reabilitação de Trump aos olhos do eleitorado norte-americano após a invasão do Capitólio, a 6 de Janeiro de 2021, e pelo regresso do antigo Presidente dos EUA à Casa Branca.
Respeitada tanto pela ala anti-Trump do Partido Republicano — após o anúncio da nomeação, na noite de quinta-feira, Wiles recebeu os parabéns do antigo governador da Florida Jeb Bush —, como pelos mais próximos do Presidente eleito dos EUA, Wiles deverá impor uma disciplina férrea na nova Administração Trump, ao contrário do que aconteceu nos primeiros tempos do primeiro mandato.
“A Susie Wiles ajudou-me a realizar uma das maiores vitórias política na história da América, e foi uma parte essencial das minhas campanhas bem-sucedidas em 2016 e em 2020”, disse Trump num comunicado. Na noite de terça-feira, no discurso de vitória, o Presidente dos EUA referiu-se a Wiles, que estava no palco, como “rainha de gelo, numa referência ao respeito de que usufrui no Partido Republicano e à disciplina que exige às suas equipas.
Além de ter desempenhado funções de menor destaque e influência nas campanhas eleitorais de Trump em 2016 e em 2020, Wiles foi uma peça fundamental na eleição de Ron DeSantis como governador da Florida e de Rick Scott como senador do mesmo estado, em 2018.
Em 2019, foi despedida por DeSantis, que a acusou de ser a fonte da divulgação de informações comprometedoras para a sua equipa, o que Wiles sempre negou. Nessa altura, o governador da Florida conseguiu também que Wiles fosse despedida da campanha de Trump com vista à sua reeleição em 2020, mas acabaria por ser novamente contratada após a invasão do Capitólio.