“Não são apenas as drogas ilegais que se tornaram graves. São todas as coisas legais que se tornaram viciantes”

Mais tráfico, drogas mais potentes e facilidade de trânsito de armas militares. Sam Quinones, jornalista especializado na epidemia de opiáceos, lamenta que o tema não esteja na campanha dos EUA

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Participante de uma manifestação em Nova Iorque durante o Overdose Awareness Day Erik McGregor
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Sam Quinones tem 65 anos e grande parte da sua vida como jornalista dedicada a temas de fronteira, México e, sobretudo, à epidemia da droga. Natural de Los Angeles, foi jornalista do Los Angeles Times entre 1994 e 2004. Desde então é freelancer; autor de quatro livros de não-ficção, publica regularmente artigos na imprensa norte-americana. Em 2015 ganhou o National Book Critics Circle Award para não-ficção com Dreamland: The True Tale of America's Opiate Epidemic onde explora a epidemia de opiáceos nos Estados Unidos, traçando as suas raízes, a relação tanto com a indústria farmacêutica, como com a crise de saúde pública e as dinâmicas sociais das cidades americanas. A narrativa de Quinones vai além dos números. Conta histórias pessoais que revelam a devastação de comunidades pela dependência bem como a tentativa para encontrar cura. No livro, o jornalista destaca a natureza complexa desta crise num sistema que classifica como tendo como grande prioridade o lucro.

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