Os marcianos e a singularidade
Talvez nenhum outro cientista na história da humanidade tenha feito tantas e tão relevantes contribuições, em campos tão diversos, como John von Neumann.
Uma fracção anormalmente elevada dos cientistas que trabalharam no projecto Manhattan era de origem húngara, e ficaram conhecidos como “Os marcianos”. Falavam com um sotaque inconfundível, tinham todos nascido perto de Budapeste durante um curto período e eram de uma craveira intelectual tão destacada que a única explicação possível era terem tido origem noutro planeta. Embora nunca se tivesse esclarecido como é que Budapeste tinha gerado, num período tão curto, um número tão grande de cientistas de topo, um deles destacava-se, mesmo no contexto de um laboratório como Los Alamos, onde trabalhavam as pessoas mais brilhantes do mundo: John von Neumann. Dizia-se, a brincar, que se muitos deles tinham vindo de Marte, Von Neumann tinha vindo de outra galáxia. É considerado, por muitos, como a pessoa mais brilhante que alguma vez existiu, e as histórias que ilustram o brilhantismo do seu intelecto são demasiado numerosas para serem reproduzidas aqui.
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