Novos ataques israelitas matam 47 palestinianos em Gaza

Para além das vítimas mortais, dezenas de pessoas ficaram feridas. Médicos Sem Fronteiras apelam à sua protecção, por enfrentarem uma “violência terrível” enquanto prestam cuidados.

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Ataque em Nuseirat, no Centro de Gaza Khamis Said / REUTERS
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Morreram 47 palestinianos e dezenas ficaram feridos, na maioria crianças e mulheres, consequência dos bombardeamentos israelitas durante a noite, no Centro da Faixa de Gaza, informou esta sexta-feira, 1 de Novembro, a agência noticiosa palestiniana WAFA.

As forças militares israelitas afirmaram que as suas tropas identificaram e eliminaram “vários terroristas armados” no centro da Faixa de Gaza e eliminaram “dezenas de terroristas” em ataques selectivos na zona de Jabalia, no Norte da Faixa de Gaza.

Os ataques ocorreram na cidade de Deir Al-Balah, no campo de Nuseirat e na cidade de Al-Zawayda.

Nos ataques foi atingido um hospital, incendiado material médico e interrompidas as operações médicas, segundo as autoridades sanitárias do enclave.

Os militares israelitas acusaram o grupo militante palestiniano Hamas de utilizar o hospital Kamal Adwan, em Beit Lahiya, para fins militares e assumem que “dezenas de terroristas” têm estado escondidos no hospital. As autoridades sanitárias e o Hamas negam esta afirmação.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza apelou a todos os organismos internacionais para que “protejam os hospitais e o pessoal médico da brutalidade da ocupação [israelita]”.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) afirmou, na quinta-feira, que um dos seus médicos no hospital, Mohammed Obeid, tinha sido detido, pelas forças israelitas, no sábado passado. A ONG apelou à sua protecção e à de todo o pessoal médico que “está a enfrentar uma violência terrível enquanto tenta prestar cuidados”.