Bruxelas confirma tarifas agravadas para a importação de veículos eléctricos da China

Comissão concluiu inquérito às ajudas estatais na produção de carros eléctricos chineses, e definiu nova tabela de direitos de compensação por um período de cinco anos.

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A BYD, maior fabricante mundial de veículos eléctricos, vai ter uma taxa acrescida de 17% nas importações para a União Europeia Chalinee Thirasupa / REUTERS
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As medidas temporárias anunciadas pela União Europeia para penalizar a importação de veículos eléctricos a bateria da China tornaram-se definitivas, esta terça-feira, mas os consumidores ainda vão demorar algum tempo a sentir os efeitos da entrada em vigor dos novos direitos aduaneiros, entre os 7,8% e os 35,3%, conforme as marcas, que acrescem à taxa actual de 10%.

O novo regime, válido por um período de cinco anos, deverá entrar em vigor esta quarta ou quinta-feira, após a publicação no jornal oficial da União Europeia do regulamento que estabelece a nova tabela de tarifas alfandegárias para a importação de carros eléctricos cuja produção é subsidiada pela China.

Mas como admitiu uma fonte comunitária, como o mercado já esperava um agravamento dos direitos aduaneiros na sequência da investigação aberta por Bruxelas, os importadores aumentaram significativamente as suas encomendas para beneficiar da actual tarifa de 10%. “Isso quer dizer que há muito stock disponível nos concessionários para escoar”, pelo que os preços de venda ao público não deverão reflectir já as mudanças anunciadas esta terça-feira.

A Comissão Europeia fechou, esta terça-feira, a sua investigação à atribuição de subsídios estatais à produção de carros eléctricos chineses, que concluiu que essas ajudas distorcem a concorrência e constituem uma ameaça que justifica a adopção de medidas defensivas de salvaguarda da indústria automóvel europeia.

Os veículos da Tesla passam a ser sujeitos a uma taxa adicional de 7,8%; enquanto as importações da BYD, maior fabricante mundial de carros eléctricos, pagarão uma sobretaxa 17% na entrada. No caso da Geely, o agravamento tarifário será 18,8%.

Para a SAIC, os direitos de importação vão aumentar 35,3% - que será ainda a nova tarifa média ponderada que Bruxelas passará a aplicar a todos os produtores chineses que não colaboraram com o seu inquérito à atribuição de subsídios estatais para o fabrico de veículos eléctricos a bateria.

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