A infelicidade americana divide-se para ir às urnas

A uma semana das eleições os grandes contrastes americanos não estão a ser seriamente chamados à conversa na derradeira batalha.

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Nos EUA, a desigualdade é uma evidência histórica Mário Cruz/LUSA
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Em 2015, o jornal New York Times publicava um longo artigo onde partia da esperança média de vida para evidenciar os contrastes em que viviam as populações das grandes cidades norte-americanas. E começava pela maior de todas, Nova Iorque. Havia o todo, a grande massa urbana indistinta à distância. E a particular, com ruas, rios, avenidas e bairros definidos. E em bairros como Tribeca, Murray Hill e Upper East Side os habitantes tinham a expectativa de viver até aos 85 anos. Em Brownsville, longe do turismo, da especulação imobiliária, das luzes da cidade sem sono, essa expectativa não ia além dos 74 anos.

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