PGR não sabe por que crime foi indiciado agente envolvido na morte de Odair Moniz

Amadeu Guerra garantiu que dará instruções para a celeridade da investigação e condenou os tumultos dos últimos dias.

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“Nós vamos ser o mais céleres possível”, garantiu Nuno Ferreira Santos (arquivo)
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O procurador-geral da República, Amadeu Guerra, afirmou não saber que crime levou à constituição como arguido de um dos agentes envolvidos da morte de Odair Moniz na madrugada de segunda-feira. “Não sei em concreto, não tenho conhecimento da indiciação que lhe foi dada para a constituição como arguido”, disse esta quinta-feira, em declarações aos jornalistas.

Amadeu Guerra quer que a investigação das circunstâncias da morte de Odair Moniz seja feita com celeridade. “Nós vamos ser o mais céleres possível”, garantiu, afirmando que dará instruções nesse sentido.

“Todos os meios de prova são úteis para o Ministério Público perceber e decidir a sua posição relativamente a esta questão”, afirmou, referindo-se a algumas imagens que disse ter visto divulgadas pelos meios de comunicação social. Também as imagens de videovigilância serão determinantes para a investigação, confirmou questionado pelos jornalistas.

Sobre as circunstâncias da morte de Odair Moniz, nomeadamente sobre se a vítima teria uma arma branca na sua posse, endereçou qualquer conclusão para o inquérito criminal. “O Ministério Público é que vai ter de verificar se havia arma ou não havia arma.” Disse ainda que as situações autodefesa dependem da circunstância e também essas serão apuradas no inquérito.

Condenou “os tumultos” que se têm registado em vários pontos de Lisboa nas últimas noites, mas afirmou que este não é um cenário exclusivo, lembrando que “no estrangeiro” registam-se o mesmo tipo de situações “com mais gravidade”.

Na terceira noite de tensão na sequência da morte de Odair Moniz, registaram-se tumultos em Santo António dos Cavaleiros e Seixal, onde dois autocarros foram incendiados, mas também na Amadora, Sintra, Oeiras, Odivelas, Barreiro, Lisboa e Almada.

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