Ei, políticos! Deixem os miúdos em paz!

Montenegro replicou a retórica extremista, sem se preocupar com os fundamentos da afirmação, e caiu na ilusão de que, replicando os argumentos do Chega, recuperará os eleitores do Chega.

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Porventura o aspeto mais distintivo da polémica sobre a disciplina de Educação para a Cidadania é a sua previsibilidade. Com a notícia da viabilização do Orçamento do Estado pelo PS, o primeiro-ministro ficou sem assunto para o congresso partidário e resolveu introduzir um daqueles temas que garantem um ciclo mediático preenchido. Agora, também para Montenegro, está em curso uma ofensiva ideológica na escola que se manifesta, imagine-se, nas aulas de Educação para a Cidadania. Extraordinário. Era, no entanto, uma questão de tempo até chegarmos aqui: no mundo da discussão política polarizada, as guerras culturais compensam e seguem invariavelmente o mesmo percurso. Um percurso que provoca danos à cidadania, dentro e fora da sala de aulas.

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