Filipa César e Marinho de Pina no pavilhão da utopia

Ressonância em Espiral, a concurso no Doclisboa, é um filme sobre a restituição de um arquivo a uma comunidade ancestral, na Guiné-Bissau — como se a utopia, afinal, pudesse ser possível.

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A comunidade da aldeia de Malafo em Ressonância em Espiral, assinado a meias pela cineasta portuguesa Filipa César e o arquitecto e pensador guineenseMarinho de Pina dr
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A Mediateca Onshore, na aldeia de Malafo, serve de biblioteca e centro comunitário para os habitantes e ainda centro para pesquisadores e artistas dr
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A Mediateca Onshore é um edifício autónomo em termos energéticos, concebido e construído em função do espaço e da comunidade onde está integrado, na aldeia de Malafo dr
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“Acabamos sempre aqui outra vez no lodo...” Quando Filipa César diz isto a Marinho de Pina, num momento do seu filme Ressonância em Espiral​ (Resonance Spiral), a artista e cineasta portuguesa e o arquitecto e pensador guineense estão, literalmente, no lodo da Guiné-Bissau, perto da aldeia de Malafo, a cerca de 90 quilómetros da capital, Bissau​. Voltar, literalmente, às raízes — enquanto as suas vozes conversam sobre o mundo em que vivemos, sobre o capitalismo selvagem “que pega nas lutas identitárias e as capitaliza”, sobre um africanismo que prefere decalcar conceitos ocidentais em vez de recorrer aos saberes da terra.

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