Ana Gabriela Cabilhas e Sebastião Bugalho: as duas novas estrelas do PSD

Os dois jovens, ambos com menos de 30 anos, são nomes já conhecidos no partido, mas têm agora cartão de militante. Ambos são vistos como estrelas em ascensão no PSD.

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Ana Gabriela Cabilhas e Sebastião Bugalho chegaram ao congresso como militantes do PSD Nelson Garrido
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Há duas novas "contratações" para o PSD: o eurodeputado Sebastião Bugalho e a deputada Ana Gabriela Cabilhas tornaram-se militantes, a convite do presidente do partido, Luís Montenegro. O anúncio foi feito pelo próprio, que no arranque do seu primeiro discurso, fez questão de dar as boas-vindas aos jovens militantes.

"Não desperdiçamos nunca a valia dos nossos quadros políticos, aqueles que temos dentro da militância do PSD. Mas chamámos para estar connosco no Conselho Estratégico Nacional, na Assembleia da República, no Governo, no Parlamento Europeu, muitos dos mais dinâmicos portugueses em várias áreas de actividade", declarou Montenegro, antes de anunciar os dois novos militantes.

Ao PÚBLICO, Sebastião Bugalho explica que houve três razões que o levaram a firmar o seu nome na ficha de militante: "Ter sido escolhido para porta-voz do PSD no Parlamento Europeu, ter sido convidado para ser militante do Partido Popular Europeu e o convite pessoal do primeiro-ministro." Insistindo que se junta ao PSD "por gratidão e não por ambição", Bugalho descarta objectivos políticos futuros que não o Parlamento Europeu.

O eurodeputado recordou por duas vezes as palavras do ex-deputado social-democrata José Eduardo Martins, que ainda durante a campanha para as europeias lhe disse: "Já és um de nós, a escolha já não é tua."

Embora agora afirme que a decisão de se juntar à família social-democrata seja um "passo natural" no seu percurso enquanto “porta-voz do partido na Europa”, em Maio, em entrevista ao PÚBLICO e à Renascença, Bugalho dizia que iria exercer o seu mandato "da forma mais independente possível". "O nosso manifesto e a nossa equipa, nomeadamente a da AD, tem vários graus de demarcação e de independência face ao PPE. Até aí seremos independentes", dizia.

Bugalho tinha sido candidato pelo CDS nas eleições legislativas de 2019, como independente e número seis na lista pelo círculo de Lisboa. Nessa data, também foi convidado a ingressar no CDS, mas recusou.

Por sua vez, a deputada Ana Gabriela Cabilhas, que começou a sua participação política no associativismo estudantil, justifica que "há um momento para tudo". "Não há democracia sem partidos e se não participarmos de forma activa e comprometida é a nossa democracia e o País que perdem. Nos 50 anos de democracia, somos todos convocados para o seu rejuvenescimento", acrescenta, antes de sublinhar que acredita no projecto do PSD e de Montenegro. "Para aqueles que dizem que os partidos são todos iguais, há diferenças pelas quais vale a pena lutar e projectos pelos quais nos devemos mobilizar", diz ao PÚBLICO.

A deputada, uma das mais jovens no Parlamento, foi o nome escolhido pela direcção da bancada do PSD para discursar em nome do partido na celebração dos 50 anos do 25 de Abril, na Assembleia da República.

Tal como Bugalho, também a parlamentar afasta que ingressar no partido signifique qualquer ambição para lá do mandato de deputada. "A minha participação política é uma missão de serviço e o meu compromisso cívico está contratualizado para a vida", responde.

Cabilhas e, sobretudo, Bugalho foram elogiados por vários congressistas como peças importantes para o futuro do partido.

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