Juíza do BES diz que Salgado tem de ser julgado, mesmo que depois fique em liberdade

Interesse público e pacificação social justificam submissão a julgamento de arguido que padece de Alzheimer, e lei permite-o, justifica magistrada.

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Ricardo Salgado em 2020, à saída do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão PAULO CUNHA
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A juíza que vai a partir desta terça-feira julgar Ricardo Salgado e os restantes implicados na derrocada do universo Espírito Santo justifica a necessidade de fazer sentar o antigo banqueiro no banco dos réus, mesmo estando doente, com questões de pacificação social e de interesse público. No final, explica a magistrada, o estado de saúde do arguido, que sofre de Alzheimer, até pode justificar que lhe seja aplicada uma pena suspensa. Mas a lei permite que seja submetido a julgamento, sublinha a juíza Helena Susano, que chama ainda a atenção para os crimes de que é acusado Ricardo Salgado terem alegadamente sido cometidos quando não padecia de qualquer problema psíquico.

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