O processo de negociação do Orçamento de Estado de 2025 (OE25) entre o PS e o Governo foi “uma novela”, diz-se. Vendo bem, todas as negociações são intrinsecamente feitas de etapas, de avanços e recuos, perdas e ganhos e têm, nesse sentido, uma clara força narrativa. É bem achada a denominação, retirada do universo literário, onde, para além da novela, constam também o conto e o romance. Os três géneros diferem em extensão, no número de personagens, na gestão de informação e em diversos outros fatores, como o grau de complexidade. O conto é de duração breve e lida com poucos elementos narrativos. A novela é uma forma intermediária entre o conto e o romance, caracterizada por uma extensão média, que acompanha a ação e a trajetória de um número reduzido de personagens, em redor de um par de ideias. Uma novela gere menos conflitos do que um romance, mas mais do que um conto. O romance, por sua vez, pode ocupar-se de diversas linhas narrativas e de inúmeras personagens, havendo lugar para a subjetividade e a interioridade e, consequentemente, para uma maior complexidade geral.
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