Certificados de Aforro deverão crescer 3,7 mil milhões de euros em 2025

Certificados do Tesouro vão continuar a “encolher”, com redução de 1,2 mil milhões de euros no próximo ano.

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Aumento do montante a aplicar nos CA dará resultados em 2025 ric ricardo campos
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Fruto do alargamento do montante máximo de subscrição dos Certificados de Aforro (CA), de 50 mil euros para 100 mil euros, por aforrador, o Governo conta com mais 3,7 mil milhões de euros neste produto de poupança do Estado no próximo ano, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2025, apresentada nesta quinta-feira.

Na prática, de acordo com os números apresentados, o Governo espera que as novas subscrições de CA fiquem perto dos seis mil milhões no próximo ano (5,9 mil milhões), uma vez que os resgates previstos por chegada à maturidade superarão os 2,2 mil milhões de euros. Em conjunto com os Certificados do Tesouro (CT), as amortizações previstas ascenderão a 4,9 mil milhões de euros (4,2 mil milhões em 2024).

A alteração aos CA é recente e o travão anteriormente existente explica que o saldo líquido deste meio de financiamento do Estado se fique apenas em 53 milhões de euros em 2024, uma vez que os resgates, parte deles por chegada à maturidade da aplicação, têm sido superiores aos das novas subscrições. Para além do limite ao investimento, a rentabilidade deste produto sofreu uma forte redução na sua rentabilidade, por decisão do Governo liderado por António Costa.

Nos CT vai manter-se a "sangria", esperando-se entradas de 1,4 mil milhões de euros e saídas de 2,6 mil milhões, o que corresponderá a um saldo líquido negativo de 1,2 mil milhões.

No quadro do financiamento do Estado, os CT pesarão 2,7% (8,6 mil milhões de euros) e os CA bastante mais, 11,7% (37,8 mil milhões de euros).

Para 2025, "estimam-se necessidades brutas de financiamento de cerca de 70,5 mil milhões de euros", refere o documento divulgado nesta quinta-feira. Trata-se de um acréscimo de 16,2 mil milhões face a 2024, que resulta quer do aumento das necessidades líquidas de financiamento em 9,5 mil milhões, quer do incremento das amortizações de dívida fundada em cerca de 6,6 mil milhões.

Ainda de acordo com o documento, "antecipa-se que as necessidades brutas de financiamento do Estado sejam cobertas por emissões de dívida fundada, num montante de 70,5 mil milhões de euros".

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