A notícia mais importante não está no Orçamento

Peço apenas que atentem nos alertas que o governador do Banco de Portugal deixou na passada segunda-feira, aquando da apresentação do Boletim de Outubro.

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A cronologia política da discussão orçamental dura há seis longos meses. No princípio, era a verba que não existia (recordemos quando Miranda Sarmento alertou que “a situação orçamental era bastante pior” do que o propalado pelo anterior Governo). Depois, o Conselho de Ministros, nos momentos em que não se entretém a explorar novas possibilidades para a Legística, aprovando PowerPoints, foi aproveitando o Orçamento anteriormente apelidado de "Pipi" para aumentar a despesa, sempre que as reivindicações eram suficientemente ruidosas. Enquanto o Parlamento ia contribuindo para a festa despesista, prolongou-se uma negociação fastidiosa: umas vezes com recuos do executivo, outras com linhas vermelhas do PS, e, já no prolongamento, com piruetas irrevogáveis de Ventura. Agora que o Orçamento é público, continuamos a desconhecer o seu destino político, mas sabemos que persiste uma forte possibilidade de, ao longo da especialidade, um Parlamento fragmentado vir a transformá-lo.

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