Uma negociação transformada numa armadilha

Vivemos num contínuo político-mediático avesso ao compromisso e que incentiva o clima adversativo. Hoje, só há duas posições possíveis – radicalmente contra ou radicalmente a favor.

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No momento em que escrevo, é difícil antecipar o desfecho das negociações do Orçamento do Estado para 2025. Tipicamente, este tipo de declaração é feita para proteger o autor de eventos que podem levar a que a realidade ultrapasse a sua opinião. Afinal, a entrevista do primeiro-ministro à SIC ainda não foi transmitida, o grupo parlamentar do PS encontra-se reunido para uma decisão definitiva e André Ventura arregimentou os deputados do Chega, em nome da “responsabilidade”. De facto, não sei se viveremos em duodécimos, se teremos eleições, se o PS acabará por deixar passar um Orçamento que era “praticamente impossível” de ser viabilizado ou se o Chega deitará para o caixote de lixo a sua posição “irrevogável”.

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