Greve dos trabalhadores das cantinas pode fechar escolas na sexta-feira

Federação exige a negociação do contrato colectivo de trabalho, aumentos salariais acima dos 150 euros, actualização do subsídio de alimentação, entre outras exigências.

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Greve abrange os trabalhadores das cantinas, refeitórios, fábricas de refeição, restauração das áreas de serviço das autoestradas e bares concessionados Daniel Rocha
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Os trabalhadores das cantinas vão estar em greve na sexta-feira por melhores condições de trabalho e pelo fim da precariedade, num protesto que poderá afectar o funcionamento dos refeitórios das escolas e dos hospitais.

A greve nacional foi convocada pela Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT) e abrange os trabalhadores das cantinas, refeitórios, fábricas de refeição, restauração das áreas de serviço das autoestradas e bares concessionados.

A federação sindical exige a negociação do contrato colectivo de trabalho, aumentos salariais acima dos 150 euros para todos os trabalhadores, a actualização do subsidio de alimentação e o pagamento de retribuições para os trabalhadores com horário repartido ou que trabalhem em regime de turnos, e pelo trabalho ao fim-de-semana.

No pré-aviso de greve, entregue a 17 de Setembro, a FESAHT defende ainda a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, 25 dias úteis de férias e a vinculação de todos os trabalhadores contratados a termo.

Quanto a casos concretos, a federação reivindica o pagamento de um subsídio de risco para os trabalhadores das cantinas dos hospitais e estabelecimentos prisionais, e contratos a tempo inteiro nas cantinas escolares com confecção.

A greve será também marcada por uma concentração, a partir das 9h30, no congresso da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, que vai decorrer no Parque de Exposições de Aveiro.

Recorde-se que na passada sexta-feira uma greve dos trabalhadores não docentes fechou dezenas de escolas em todo o país.