Governo vai pagar bónus de 25% a bombeiros que combateram os incêndios no Norte e Centro

A medida anunciada pelo Ministério da Administração Interna destina-se aos operacionais que estiveram no combate aos incêndios críticos na zona Norte e Centro do país, entre 15 e 19 de Setembro.

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Governo quer que bónus seja transferido com "maior brevidade", mas não dá datas Paulo Pimenta
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O Governo irá pagar um bónus de 25% do valor pago aos bombeiros voluntários que integram o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) e que estiveram a combater os incêndios rurais e florestais entre os dias 15 e 19 de Setembro, nas regiões Norte e Centro do país. A informação, avançada pelo Diário de Notícias, foi divulgada em comunicado do Ministério da Administração Interna (MAI), esta manhã.

O secretário de Estado da Protecção Civil, Paulo Simões Ribeiro, assinou esta semana um despacho que majora em 25% os valores diários, respectivamente 67,30 euros e 78,30 euros, consoante se trate de bombeiros integrantes das várias equipas ou bombeiros do quadro de comando. Ou seja, com o bónus de 25%, as diárias passam a ser 84,13 e 97,88 euros.

No comunicado, o Governo "assume os bombeiros como a coluna vertebral da Protecção Civil e está a trabalhar na sua valorização, dando um primeiro sinal, ainda que simbólico, após empenho extraordinário".

"Todos os agentes de Protecção Civil, e em especial os bombeiros, demonstraram ser, uma vez mais, verdadeiros exemplos de resiliência e empenho, num contexto em que o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) foi colocado sob forte pressão e empenho máximo de meios", avalia o ministério tutelado por Margarida Blasco.

O executivo de Luís Montenegro fala numa "conhecida exigência orçamental", mas afirma que a vontade de "retribuir a extraordinária mobilização a que uma vez mais assistimos" justifica os "esforços encetados".

A indicação é que a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) deve, "com a maior brevidade possível, apurar os valores devidos" ao abrigo deste despacho e "promover a transferência dos valores para as Associações Humanitárias com a máxima brevidade".

No início desta semana, o primeiro-ministro anunciou ter recebido "luz verde" da Comissão Europeia para que Portugal utilize rapidamente 500 milhões de euros do Fundo de Coesão dos próximos anos para cobrir os prejuízos dos incêndios florestais.

Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram há duas semanas sobretudo as regiões Norte e Centro do país. As chamas destruíram dezenas de casas e consumiram cerca de 135 mil hectares, fazendo com que a área ardida subisse este ano para quase 147 mil hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.

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