E porém de mecenas (ainda) poucos temos

Ao longo dos últimos seis meses, evitei pronunciar-me sobre política cultural. Julgo que é o que compete a quem exerceu funções governativas. Abro hoje uma exceção.

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Num poema epistolar, Diogo Bernardes perguntava: “Porque menos Coimbra do que Atenas,/Porque mais fará Roma que Lisboa/Cantar ao som das armas as Camenas?”, para depois constatar, com amargura: “E porém de Mecenas tantos temos/Como de brancos tem a Etiópia...”. Estava-se no século XVI e os escritores viviam dependentes de favores dos patronos. As cartas d’O Lima são um caso singular de publicitação de pedidos privados, atravessadas pela necessidade do poeta minhoto de encontrar sustento: “Que val por derradeiro um bom ingenho/(...) Se sempre com as mãos vazias venho?

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